19.7.14

Exposição com 240 fotografias do acervo de Frida Kahlo chega a Curitiba

   Iniciou nesta última quinta-feira (dia 17) a exposição “Frida Kahlo – As suas fotografias” no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba. A mostra reúne 240 fotos do acervo pessoal da artista mexicana e será realizada no Brasil somente no MON. A exposição segue até o dia 2 de novembro.

Frida Kahlo por Guillermo Kahlo (1932), do Museu Frida Kahlo
 (Foto: MON / Divulgação)
   O acervo da mostra traz registros fotográficos da artista desde a infância. Eles foram feitos por dois fotógrafos profissionais da família de Frida Kahlo, o pai e o avô materno, e também pela alemã Gisèle Freund e pelo húngaro Nickolas Muray, fotógrafos que conviveram com a artista por anos. Há ainda fotos que foram tiradas pela própria Frida ou por outras pessoas.                         
   De acordo com o curador Pablo Ortiz Monasterio, o acervo reflete os interesses que a pintora teve ao longo da vida – desde a família até o fascínio por Diego e outros amores, abrangendo o corpo acidentado e a ciência médica, amigos e inimigos, a luta política e a arte, os índios e o passado pré-hispânico – tudo revestido pela paixão que Frida Kahlo teve pelo México e pelos mexicanos.
   A exposição é dividida em seis seções. A primeira retrata os pais da artista mexicana. As numerosas imagens de seu pai, que fotografava a si mesmo em diferentes ocasiões, deixaram uma marca permanente na pintora: o autorretrato. Já a segunda destaca a Casa Azul, as primeiras poses de Frida para o pai e as diversas reuniões que aconteceram no local. A Casa Azul é a residência que foi dos pais da pintora, no bairro de Cocoyacán, na Cidade do México, e hoje abriga o Museu Frida Kahlo. Todas as obras da exposição são deste museu.
   A terceira seção mostra o lado íntimo da artista. Há imagens feitas, e estilizadas por ela, recortes fotográficos mutilados, dos quais Frida elimina ou elege alguns dos protagonistas. Os amores estão na quarta seção, com fotografias de amigos mais próximos, familiares, alguns dos amantes e, principalmente, Diego Rivera. A quinta seção é um arquivo reunido por Frida, que traz desde cartões de visita do século 19 até retratos realizados por autores de destaque da história da fotografia e também por amigos pessoais. A sexta e última seção é composta por imagens relacionadas às questões políticas.

Frida pintando o retrato de seu pai, por Gisèle Freund (1951) (Foto: MON / Divulgação) 
Frida pintando o retrato de seu pai, por Gisèle
Freund (1951), do Museu Frida Kahlo
(Foto: MON / Divulgação)
Frida Kahlo
   Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderon, conhecida como Frida Kahlo, nasceu no dia 06 de julho de 1907 em Coyoacan, no México.Em 1925, aos 18 anos, a vida de Frida mudou de forma trágica. Na época, ela era estudante de medicina. Frida e o noivo Alejandro Gómez Arias estavam em um ônibus que bateu em um trem. Ela sofreu múltiplas fraturas, fez 35 cirurgias e ficou muito tempo presa em uma cama. Foi nesse período que ela começou a pintar freneticamente.

   Frida sempre se autorretratou: as angústias, as vivências, os medos e principalmente o amor marido, o pintor e muralista mexicano mais importante do século 20 Diego Rivera, com quem se casou em 1929. Ele que ajudou Frida a revelar-se como artista.
   No ano de 1939, Frida Kahlo fez a primeira exposição individual, na galeria de Julien Levy, em Nova York, alcançando sucesso de crítica. Em seguida, seguiu para Paris, onde conheceu Pablo Picasso, Wassily Kandinsky, Marcel Duchamp, Paul Éluard e Max Ernst. O Museu do Louvre adquiriu um dos autorretratos da artista mexicana. Em 1942, Frida e o marido passaram a dar aulas de arte em uma escola recém-aberta na Cidade do México.

Frida com 5 anos, Anônimo (1912) (Foto: MON / Divulgação) 
Frida com 5 anos, Anônimo (1912), do Museu Frida
Kahlo (Foto: MON / Divulgação)
   Após muitos altos e baixos, como os três abortos e a relação amorosa rodeada por casos extraconjugais dos dois, o estado de saúde de Frida piorou. Os médicos diagnosticaram a amputação da perna em 1950 e ela entrou em depressão. Mesmo assim, a artista continuou a pintar, uma de suas últimas obras foi "Natureza Morta (Viva a Vida)".
   Na madrugada do dia 13 de julho de 1954, Frida, aos 47 anos, foi encontrada morta em seu leito. As últimas palavras foram encontradas no diário da pintora: “Espero alegre a minha partida – e espero não retornar nunca mais”.
   As obras de Frida possuem uma estética muito próxima ao surrealismo com influência da arte folclórica indígena mexicana, cultura asteca, tradição artística europeia, marxismo e movimentos artísticos de vanguarda. Ela também se destacou pelo uso de cores fortes e vivas.“Autorretrato em vestido de veludo” (1926), “O ônibus” (1929), “Frida Kahlo e Diego Rivera” (1931), “Autorretrato com colar” (1933), “Autorretrato como tehuana” (1943), “Diego em meu pensamento” (1943) e “O marxismo dará saúde aos doentes” (1954) estão entre as principais obras de Frida.
  
Frida e Diego com amigos, Anônimo (1945) (Foto: MON / Divulgação) 
Frida e Diego com amigos, Anônimo (1945), do Museu Frida Kahlo 
(Foto: MON / Divulgação)
    Frida pintando na sua cama,  Anônimo (1940) (Foto: MON / Divulgação) 
    Frida pintando na sua cama, Anônimo (1940), do Museu Frida Kahlo  
    (Foto: MON / Divulgação)
Onde: Museu Oscar Niemeyer (MON) 
R. Marechal Hermes, 999, Centro Cívico, Curitiba, CEP: 80530230
Quando: 
17/07/2014 a 02/11/2014
Terça a domingo: 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)
Segunda: não abre
Primeira quinta-feira do mês: horário estendido até as 20h

Preço: 
R$ 6 (½ entrada: R$ 3)
No primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita.
Primeira quinta-feira do mês entrada gratuita entre 18h e 20h

Fontes:site Gazeta do Povo
           site G1 
     
 

  

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