UM PASSEIO PELA SEDE DA DIESEL, NA ITÁLIA
Extraído de Casa Vogue-Arquitetura -05/03/12
Smart critiques. Stupid creates. Com sua proverbial ironia, o célebre slogan da
campanha da Diesel de 2010 encorajava os clientes a ousar e realizar suas ideias,
por mais absurdas que pudessem parecer. O lema resume bem a trajetória de
Renzo Rosso, o italiano que, ao assumir em 1985 o controle da fábrica de jeans
da qual já era sócio, conseguiu transformá-la, em poucos anos, em um verdadeiro
império. Essa mesma visão inspirou o mais recente empreendimento do empresário,
a Diesel Village.Inaugurada em meados de 2011 em Breganze, uma pequena cidade do norte da
Itália, a nova sede da Diesel está longe de ser um projeto corriqueiro. “O espaço
foi pensado de maneira que interior e exterior se fundissem por meio de grandes
superfícies de vidro, equipadas com filtros e cortinas, inundando os espaços com
luz natural”, afirma o arquiteto Paolo Mantero, chefe do escritório homônimo
responsável pelo planejamento dos ambientes internos, juntamente com o time
criativo da Diesel.
A arquitetura dos edifícios ficou a cargo do Studio Ricatti.O projeto buscou o equilíbrio entre a paisagem do entorno, a indústria e a
qualidade de vida de quem ali trabalha. “Os escritórios se organizam em
volta de um jardim interno, assim como as instalações de serviços: restaurante,
bar, auditório, academia, quadras de esportes e berçário”, conta Mantero.
Além disso, como acrescenta a arquiteta Laura Parolin, do mesmo escritório,
“a iluminação cuidadosa, os acabamentos e a decoração são exemplos
de síntese e integração das necessidades para o o bem-estar de quem utiliza
estes espaços”.Logo na recepção,uma parede vegetal com 23 m de altura preenche o grande
hall e expressa com energia a ideia geral dos arquitetos. O prédio foi pensado
para reduzir ao máximo o impacto ambiental e aumentar a economia energética.
“Foram escolhidos apenas materiais que envelhecem naturalmente, como
madeira, concreto, cobre, aço zincado e ferro natural”, diz Mantero. Nos interiores,
os pisos de madeira provêm rigorosamente de plantações certificadas e não utilizam
colas prejudiciais à saúde.Outro desafio arquitetônico foi representado pelas dimensões
do empreendimento, enorme se comparado com o padrão das empresas italianas:
são 60 mil m² de área construída. “Apesar disso, a sensação de quem visita a nova
sede da Diesel é a de estar em um espaço com proporções humanas, sugestivo,
quente e acolhedor, cheio de cantos íntimos para se refugiar”, afirma o arquiteto.
O décor contribui para a sensação de aconchego, porque exibe uma mescla de
objetos de design contemporâneo – de marcas consagradas, como Artemide,
Moroso, Targetti e Vitra, entre outras – com peças vintage adquiridas por Rosso
o longo dos anos, como o antigo balcão norte-americano dos anos 1950,
inteiramente restaurado e colocado na área do bar. (SILVIA ALBERTINI)* Matéria publicada em Casa Vogue # 319
campanha da Diesel de 2010 encorajava os clientes a ousar e realizar suas ideias,
por mais absurdas que pudessem parecer. O lema resume bem a trajetória de
Renzo Rosso, o italiano que, ao assumir em 1985 o controle da fábrica de jeans
da qual já era sócio, conseguiu transformá-la, em poucos anos, em um verdadeiro
império. Essa mesma visão inspirou o mais recente empreendimento do empresário,
a Diesel Village.
Itália, a nova sede da Diesel está longe de ser um projeto corriqueiro. “O espaço
foi pensado de maneira que interior e exterior se fundissem por meio de grandes
superfícies de vidro, equipadas com filtros e cortinas, inundando os espaços com
luz natural”, afirma o arquiteto Paolo Mantero, chefe do escritório homônimo
responsável pelo planejamento dos ambientes internos, juntamente com o time
criativo da Diesel.
A arquitetura dos edifícios ficou a cargo do Studio Ricatti.
qualidade de vida de quem ali trabalha. “Os escritórios se organizam em
volta de um jardim interno, assim como as instalações de serviços: restaurante,
bar, auditório, academia, quadras de esportes e berçário”, conta Mantero.
Além disso, como acrescenta a arquiteta Laura Parolin, do mesmo escritório,
“a iluminação cuidadosa, os acabamentos e a decoração são exemplos
de síntese e integração das necessidades para o o bem-estar de quem utiliza
estes espaços”.
hall e expressa com energia a ideia geral dos arquitetos. O prédio foi pensado
para reduzir ao máximo o impacto ambiental e aumentar a economia energética.
“Foram escolhidos apenas materiais que envelhecem naturalmente, como
madeira, concreto, cobre, aço zincado e ferro natural”, diz Mantero. Nos interiores,
os pisos de madeira provêm rigorosamente de plantações certificadas e não utilizam
colas prejudiciais à saúde.Outro desafio arquitetônico foi representado pelas dimensões
do empreendimento, enorme se comparado com o padrão das empresas italianas:
são 60 mil m² de área construída. “Apesar disso, a sensação de quem visita a nova
sede da Diesel é a de estar em um espaço com proporções humanas, sugestivo,
quente e acolhedor, cheio de cantos íntimos para se refugiar”, afirma o arquiteto.
O décor contribui para a sensação de aconchego, porque exibe uma mescla de
objetos de design contemporâneo – de marcas consagradas, como Artemide,
Moroso, Targetti e Vitra, entre outras – com peças vintage adquiridas por Rosso
o longo dos anos, como o antigo balcão norte-americano dos anos 1950,
inteiramente restaurado e colocado na área do bar. (SILVIA ALBERTINI)
objetos de design contemporâneo – de marcas consagradas, como Artemide,
Moroso, Targetti e Vitra, entre outras – com peças vintage adquiridas por Rosso
o longo dos anos, como o antigo balcão norte-americano dos anos 1950,
inteiramente restaurado e colocado na área do bar. (SILVIA ALBERTINI)
* Matéria publicada em Casa Vogue # 319
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